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SAÚDE

TRAGÉDIA FAMILIAR: Casal não toma vacina por falta de doses e morre com uma semana de diferença

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Juntos há 48 anos, Irenilda Souza Silva, de 69 anos, e o marido Geraldo Aparecido Soares da Silva, de 71, morreram com uma semana de diferença devido a complicações da Covid-19. Geraldo faleceu no dia 22 de abril, enquanto a esposa veio a óbito no último dia 29.

A família afirma que, na data em que tomariam vacina contra a doença, no fim de março, as doses voltadas à faixa etária deles esgotaram ainda pela manhã, em Bertioga, no litoral paulista, e ambos não conseguiram ser imunizados. Em caderno de orações, o idoso chegou a relatar que estava perto de ser vacinado, no início do ano (veja abaixo).

Em entrevista ao G1, a estudante Julia Barroso Reis Silva, de 17 anos, neta dos idosos, relatou que os avós tiveram dois filhos e dois netos – ela e o irmão. Conforme conta, a mãe e a avó foram as primeiras da família a terem sintomas do coronavírus, seguidas de seu pai.

“Os três foram ao hospital e fizeram o teste. Minha avó vomitava o tempo inteiro, não conseguia se alimentar, estava muito desanimada e só dormia. Nós tínhamos muita dificuldade em entender o que ela estava sentindo, pois não falava, não reclamava, apenas dormia. Ela foi a primeira a ser internada no Hospital de Bertioga, e até então meu vô não tinha sintomas”, conta.

De acordo com a jovem, depois disso, o avô começou a ficar muito fraco, mas, de início, a família acreditava que fosse efeito dos remédios psiquiátricos que ele tomava, que eram fortes, porque tinha esquizofrenia. “Mas ele começou a cair, a ter muita febre, e pelas condições dele, era muito difícil saber como estava, por isso, chamamos a ambulância diversas vezes. Ele foi várias vezes ao hospital, mas em nenhuma fizeram teste. Na última vez que chamamos a ambulância, ele foi internado direto. Alguns dias depois do meu avô ser internado, minha avó foi intubada, os médicos diziam que o caso dela era preocupante”, conta.

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A estudante relata que o avô parecia ter melhorado, fez chamada de vídeo com a família, e os médicos fizeram de tudo para ele não ser intubado. “Quando menos esperávamos, recebemos a notícia de que ele havia falecido, quando tentaram fazer a intubação. Foi muito difícil para nós, não conseguíamos acreditar no que estava acontecendo”, desabafa.

A família passou, então, a manter a esperança de que a avó se recuperaria, mas os rins dela não estavam saudáveis, e seria preciso fazer hemodiálise. Então, ela foi transferida a um hospital de Santos. “Estávamos muito confiantes de que tudo iria dar certo depois da hemodiálise. Mas ela não resistiu, faleceu depois da tentativa de fazer a diálise”, lamenta.

Julia reitera que todos sempre foram muito cuidadosos com relação à prevenção à doença, e que até então, não tinham nenhum outro caso de Covid-19 na família.

 

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“Sempre entendemos a magnitude da doença, e tínhamos muito medo pelos meus avós. Sabemos que as mortes não se tratam apenas de números, mas de famílias destruídas. Meus avós tinham muita dificuldade de entender o que estava acontecendo, minha avó sentia muita falta de sair, de ver a família dela, até de ir na padaria de manhã. Meu avô sentia falta de ir à igreja, que era o que ele mais amava fazer. Eles já estavam muito desanimados por ficarem muito em casa. Acreditamos que a primeira pessoa a pegar Covid-19 foi a minha tia ou o meu pai, no trabalho, porque ambos precisavam trabalhar, ou no mercado, que era o único lugar para onde saímos na semana anterior”.

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Vacina

A família afirma que ambos não conseguiram tomar a primeira dose de vacina contra a doença, que quando procuraram a unidade de saúde, pois se encontravam dentro do público-alvo a ser imunizado, no fim de março, as doses esgotaram ainda pela manhã. “Eles foram por volta das 11h do dia 26 de março, e não tinha mais senha, porque tinha esgotado a vacina. Ficaram de entrar em contato, e até hoje não sabemos o que aconteceu, porque nunca deram retorno. Então, nos deixa triste saber que a vacina chegou à cidade e eles não conseguiram ser imunizados”, afirma a neta.

 

A estudante ainda relata que a família passa por um momento muito difícil. “Eles [avós] estavam muito animados para tomar a vacina. Meu avô sempre falava que não via a hora de chegar nele, e escrevia em seu caderno o quanto esperava que a pandemia um dia acabasse.

 

Então, foi muito triste tudo isso. Está sendo dolorido, porque eles eram pessoas muita amadas, não pudemos estar ao lado deles e nem se despedir. Eles eram pessoas muito boas, alegres, amorosas e carinhosas. Estamos destruídos. Perder alguém para a Covid-19 é uma dor que não desejamos para ninguém”, finaliza.

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SAÚDE

Saiba como funcionam os polos para pacientes com dengue no Rio

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Até o fim desta semana, a cidade do Rio de Janeiro terá dez polos de saúde específicos para atender a pacientes com suspeita de dengue. O primeiro deles, em Curicica, na zona oeste da cidade, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (5). A capital entrou hoje em situação de emergência devido à doença.

Haverá polos também em Campo Grande, Santa Cruz e Bangu (na zona oeste), Complexo do Alemão, Madureira, Del Castilho e Tijuca (na zona norte), Gávea (na zona sul) e Centro.

A abertura dos polos é uma das ações do plano de contingência de enfrentamento à dengue, criado pela prefeitura do Rio, uma vez que a cidade já registrou, este ano, 11 mil casos da doença, com 360 deles necessitando de internação.

Os polos vão funcionar nas dependências de unidades básicas de saúde. No caso de Curicica, por exemplo, está localizado dentro do Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza.

Atendimento

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, orienta as pessoas a procurarem atendimento nos polos ou em redes de atenção básica se começarem a sentir sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.

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Assim que chegam ao polo, os pacientes têm uma amostra do sangue recolhida para a confirmação do diagnóstico, que é dado cerca de uma hora depois da coleta. No local, também há cadeiras e macas para hidratação venosa e oral.

A equipe de saúde, formada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fará também a classificação da gravidade do quadro. Os quadros mais graves serão encaminhados para internação como “vaga zero” (emergência), através da Central Municipal de Regulação.

O plano de contingência também prevê a destinação de leitos exclusivos para a internação desses pacientes. No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, por exemplo, que funciona como uma unidade de referência inicial, foram separados 20 leitos.

No próprio Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza, também haverá um setor destinado à internação de pacientes com dengue e outras arboviroses (doenças transmitidas por artrópodes, como mosquitos e carrapatos).

“Esse nosso primeiro polo consegue fazer todo o tratamento. O paciente chega, colhe sangue, consegue fazer hemograma, consegue colher sorologia. Se precisar de hidratação, faz hidratação venosa e oral aqui mesmo. E, se precisar de internação, também tem leitos dedicados aqui para arbovirose e infectologia. O objetivo é que a gente consiga reduzir o número de casos graves e reduzir o número de óbitos por dengue. Esse tratamento precoce faz toda a diferença”, afirmou Soranz.

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Caso haja necessidade, mais centros de atendimento poderão ser abertos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Além dos polos, os 150 centros de hidratação montados no final do ano passado nas unidades de saúde para o atendimento de devido aos efeitos do calor também serão usados na assistência às pessoas com dengue.

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Fonte: EBC SAÚDE

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