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SAÚDE

REINFECÇÃO: Mulher testa 3 vezes positivo para Covid e tenta confirmar reinfecção

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Os casos de reinfecção pelo coronavírus se multiplicam por todo o país, com a falta de controle no avanço da pandemia. Dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na sexta-feira (23/4) indicam que 14 pessoas já foram confirmadamente reinfectadas pelo vírus no Brasil. Os números, no entanto, podem ser ainda maiores, diante da dificuldade de testagem e armazenamento do material genético, necessário para comprovar casos sucessivos de Covid-19 em uma mesma pessoa.

 

A brasiliense Andrea Lampert, 56 anos, levou um susto quando, no último dia 16, recebeu em mãos o resultado positivo para o vírus da Covid-19 – pela terceira vez. Andrea está com sintomas leves, como congestão nasal e dores de cabeça. Agora, ela vive uma saga para tentar, por meio do material coletado pelos laboratórios, entender se sofreu uma reinfecção ou se está tendo reativações do mesmo vírus em seu corpo.

 

A primeira vez que Andrea teve sintomas foi em agosto do ano passado. Na época, ela foi a um laboratório e fez um exame PCR, considerado o padrão para testagens, que confirmou a infecção.

 

Com sintomas como dor de cabeça e dor nos olhos, ela teve uma boa recuperação e logo pôde voltar para suas atividades. Três meses depois, em novembro, quando já estava podendo trabalhar presencialmente como analista de projetos, Andrea e mais alguns colegas de trabalho começaram a sentir sintomas típicos do coronavírus. Foi a segunda vez que o PCR dela acusou positivo.

 

“Eu comecei a ter alguns sintomas leves, que depois acabaram ficando piores. Tive febre, e fiquei mais de 14 dias em casa. Jamais imaginava ter Covid novamente. Só fiz o exame após orientação médica, e deu positivo”, conta.

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Neste mês, a surpresa: após receber a terceira confirmação, Andrea ficou apavorada. “Tive medo de morrer”, afirma.

 

Agora, sem poder tomar a vacina contra a gripe e também contra a Covid-19, ela tenta conseguir os materiais genéticos usados nos primeiros exames para confirmar se teve uma reinfecção ou uma reativação do coronavírus.

 

Para que ocorra a confirmação de reinfecção, é necessário o sequenciamento genético do vírus para identificar se há uma nova cepa no corpo do indivíduo ou uma reativação do mesmo vírus.

 

Infectologista e coordenador do Ambulatório de Doenças Infecciosas do Hospital das Clínicas de São Paulo, Max Igor Banks afirma que não há estrutura para que esse tipo de investigação seja feita em larga escala no país, justamente pelo alto número de contaminações e a falta de monitoramento dos infectados.

 

“O problema de guardar amostras está no espaço. Com o alto número de contaminações, não teríamos onde armazenar o volume de materiais colhidos”, diz Banks.

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Banks, que pesquisa em seu ambulatório casos de reinfecção, afirma que houve também um atraso na ciência ao reconhecer ser possível casos de reinfecções pelo coronavírus: “Houve um certo negacionismo de aceitar a reinfecção por coronavírus pela ciência, e isso fez também com que muitas pessoas acreditassem ser muito raro pegar novamente. Daí, as pessoas que se contaminaram mais de uma vez fazem o teste apenas quando sentem sintomas. Somente assim a gente investiga, e isso está errado”.

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Leonardo Weissmann, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, afirma que o problema está na falta de testagem da população. O especialista afirma que a subnotificação agora não é mais de casos de pessoas que estão se contaminando pela primeira vez, mas também de reinfecções.

 

“O país está falhando na testagem, falhando no rastreio e falhando em combater a pandemia”, diz Weissmann.

 

O primeiro caso de reinfecção confirmado no Brasil foi registrado pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2020. Uma profissional de saúde de 37 anos, moradora de Natal (RN), foi contaminada pela primeira vez em junho de 2020 e testou positivo, novamente, em outubro, 116 dias depois do primeiro diagnóstico.

 

Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, já foram registrados casos do tipo no Amazonas (3), em São Paulo (2), Santa Catarina (1) e Minas Gerais (1), no Paraná (1) e no Rio Grande do Norte (1), e em Goiás (1). Na segunda-feira (26/4), porém, a confirmação de mais três casos em Aparecida de Goiânia, cidade que fica na região metropolitana de Goiânia, foi feita pela Secretaria Municipal de Saúde. Os registros ainda não foram formalizados pelo ministério.

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Saiba como funcionam os polos para pacientes com dengue no Rio

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Até o fim desta semana, a cidade do Rio de Janeiro terá dez polos de saúde específicos para atender a pacientes com suspeita de dengue. O primeiro deles, em Curicica, na zona oeste da cidade, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (5). A capital entrou hoje em situação de emergência devido à doença.

Haverá polos também em Campo Grande, Santa Cruz e Bangu (na zona oeste), Complexo do Alemão, Madureira, Del Castilho e Tijuca (na zona norte), Gávea (na zona sul) e Centro.

A abertura dos polos é uma das ações do plano de contingência de enfrentamento à dengue, criado pela prefeitura do Rio, uma vez que a cidade já registrou, este ano, 11 mil casos da doença, com 360 deles necessitando de internação.

Os polos vão funcionar nas dependências de unidades básicas de saúde. No caso de Curicica, por exemplo, está localizado dentro do Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza.

Atendimento

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, orienta as pessoas a procurarem atendimento nos polos ou em redes de atenção básica se começarem a sentir sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.

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Assim que chegam ao polo, os pacientes têm uma amostra do sangue recolhida para a confirmação do diagnóstico, que é dado cerca de uma hora depois da coleta. No local, também há cadeiras e macas para hidratação venosa e oral.

A equipe de saúde, formada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fará também a classificação da gravidade do quadro. Os quadros mais graves serão encaminhados para internação como “vaga zero” (emergência), através da Central Municipal de Regulação.

O plano de contingência também prevê a destinação de leitos exclusivos para a internação desses pacientes. No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, por exemplo, que funciona como uma unidade de referência inicial, foram separados 20 leitos.

No próprio Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza, também haverá um setor destinado à internação de pacientes com dengue e outras arboviroses (doenças transmitidas por artrópodes, como mosquitos e carrapatos).

“Esse nosso primeiro polo consegue fazer todo o tratamento. O paciente chega, colhe sangue, consegue fazer hemograma, consegue colher sorologia. Se precisar de hidratação, faz hidratação venosa e oral aqui mesmo. E, se precisar de internação, também tem leitos dedicados aqui para arbovirose e infectologia. O objetivo é que a gente consiga reduzir o número de casos graves e reduzir o número de óbitos por dengue. Esse tratamento precoce faz toda a diferença”, afirmou Soranz.

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Caso haja necessidade, mais centros de atendimento poderão ser abertos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Além dos polos, os 150 centros de hidratação montados no final do ano passado nas unidades de saúde para o atendimento de devido aos efeitos do calor também serão usados na assistência às pessoas com dengue.

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Fonte: EBC SAÚDE

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