Uma matéria publicada pelo site Metrópoles mostrou que duas cidades de Mato Grosso receberam doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca próximas da data de validade e utilizaram o produto após o prazo expirar. Segundo a reportagem, Água Boa (730 km a leste de Cuiabá) e Primavera do Leste (231 km ao sul) receberam as doses.
Foram utilizados dados do Ministério da Saúde das vacinas aplicadas e os registros de envios do imunizante para os estados, onde constam a data de vencimento de cada lote. Os problemas ocorreram com 3 lotes da AstraZeneca, que possuem 6 meses de validade, mas chegaram aos municípios menos de um mês antes de vencer. Cerca de 160 cidades utilizaram as doses vencidas, segundo a matéria.
O produto foi entregue em fevereiro e março nos municípios, mas as doses venciam no começo de abril, dando poucos dias para a utilização. Entre a primeira a segunda dose deve ser respeitado um prazo de até 84 dias.
Apesar do envio ser realizado pelo Ministério da Saúde e a distribuição pela Secretaria Estadual de Saúde, é responsabilidade dos municípios checarem a data de validade antes da aplicação do imunizante.
Outro lado
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A Prefeitura de Primavera do Leste afirmou que, apesar de ter recebido as doses próximas ao prazo de vencimento, essas vacinas não foram usadas após a validade e que o movimento desse imunizante está registrado, para garantir que nenhum morador foi vacinado com o lote vencido.
A Prefeitura de Água Boa foi procurada pela reportagem, mas as ligações foram transferidas várias vezes, sem que ninguém respondesse ao questionamento sobre as doses.
Até o fim desta semana, a cidade do Rio de Janeiro terá dez polos de saúde específicos para atender a pacientes com suspeita de dengue. O primeiro deles, em Curicica, na zona oeste da cidade, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (5). A capital entrou hoje em situação de emergência devido à doença.
Haverá polos também em Campo Grande, Santa Cruz e Bangu (na zona oeste), Complexo do Alemão, Madureira, Del Castilho e Tijuca (na zona norte), Gávea (na zona sul) e Centro.
A abertura dos polos é uma das ações do plano de contingência de enfrentamento à dengue, criado pela prefeitura do Rio, uma vez que a cidade já registrou, este ano, 11 mil casos da doença, com 360 deles necessitando de internação.
Os polos vão funcionar nas dependências de unidades básicas de saúde. No caso de Curicica, por exemplo, está localizado dentro do Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza.
Atendimento
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, orienta as pessoas a procurarem atendimento nos polos ou em redes de atenção básica se começarem a sentir sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
Assim que chegam ao polo, os pacientes têm uma amostra do sangue recolhida para a confirmação do diagnóstico, que é dado cerca de uma hora depois da coleta. No local, também há cadeiras e macas para hidratação venosa e oral.
A equipe de saúde, formada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fará também a classificação da gravidade do quadro. Os quadros mais graves serão encaminhados para internação como “vaga zero” (emergência), através da Central Municipal de Regulação.
O plano de contingência também prevê a destinação de leitos exclusivos para a internação desses pacientes. No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, por exemplo, que funciona como uma unidade de referência inicial, foram separados 20 leitos.
No próprio Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza, também haverá um setor destinado à internação de pacientes com dengue e outras arboviroses (doenças transmitidas por artrópodes, como mosquitos e carrapatos).
“Esse nosso primeiro polo consegue fazer todo o tratamento. O paciente chega, colhe sangue, consegue fazer hemograma, consegue colher sorologia. Se precisar de hidratação, faz hidratação venosa e oral aqui mesmo. E, se precisar de internação, também tem leitos dedicados aqui para arbovirose e infectologia. O objetivo é que a gente consiga reduzir o número de casos graves e reduzir o número de óbitos por dengue. Esse tratamento precoce faz toda a diferença”, afirmou Soranz.
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Caso haja necessidade, mais centros de atendimento poderão ser abertos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Além dos polos, os 150 centros de hidratação montados no final do ano passado nas unidades de saúde para o atendimento de devido aos efeitos do calor também serão usados na assistência às pessoas com dengue.