O acesso ao ensino militar no Estado de Mato Grosso deverá ser universalizado. Autor da Lei nº 10.922/2019, que possibilitou a expansão das escolas militares no estado, o deputado estadual Silvio Fávero aprimora o Programa de Gestão Compartilhada Cívico-Militar, por meio Projeto de Lei nº 140/2020, aprovado em segunda votação pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta quarta-feira (21.10).
O Projeto, que segue para sanção governamental, destaca a retirada do processo seletivo para ingresso nas escolas militares, sendo permitido o ingresso a partir de sorteio; a retirada da taxa e a inclusão do uniforme escolar sem custo para os alunos. A previsão é de que mais 12 municípios sejam contemplados com as escolas cívico-militares.
“Igualdade para todos. Disciplina, Família e Deus! Essa é a linha de frente do ensino das escolas cívico-militares, com o intuito de resgatar os valores das famílias e das nossas crianças. Com o aprimoramento desta Lei, de minha autoria, o acesso às escolas militares passará a ser universalizado, com oportunidade para todos”, argumentou Silvio Fávero.
Sob a iniciativa do deputado Silvio Fávero, foram realizadas, no ano de 2019, 36 audiências públicas com o objetivo de envolver as comunidades escolares, possibilitar o debate popular a respeito da metodologia de ensino militar, favorecendo, consequentemente, favorecer a expansão deste modelo.
“O Governo do Estado já me adiantou, que no ano que vem, serão 12 cidades contempladas com essas escolas cívico-militares. Tangará da Serra, Primavera do Leste, Vila Rica, Sinop, e mais oito cidades, já estarão aptas para aderir às escolas cívico-militares”, adiantou Silvio.
Durante a sessão que garantiu a aprovação da proposta de universalização do ensino militar em Mato Grosso, a iniciativa de Fávero foi enaltecida pelos demais parlamentares, dentre eles, o deputado e educador Wilson Santos.
“Eu sei que este é um dos projetos que o deputado estadual Silvio Fávero tratou com prioridade na sua legislatura, e só esse projeto já valeu o seu mandato, porque, na minha opinião, não há mais nada que possa transformar o ser humano, além de Deus e a educação”, destacou Wilson.
Uma disputa política tomou conta da cidade de Sinop, no Mato Grosso, após a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Os deputados estadual Gilberto Cattani e federal Abilio Brunini, ambos do PL, anunciaram que não apoiarão a reeleição do prefeito Roberto Dorner, também do PL, após um episódio polêmico durante a carreata com a presença de Bolsonaro.
Segundo relatos, durante a visita do ex-presidente, Dorner e sua esposa foram impedidos de subir no carro de Bolsonaro, o que gerou descontentamento por parte dos deputados Cattani e Brunini. Em resposta às acusações de “ciúmes” por parte do prefeito, Cattani ironizou a situação e afirmou que não sente ciúmes de homens, destacando sua orientação sexual.
Além disso, Cattani deixou claro que não apoiará Dorner e rejeita qualquer tipo de pressão partidária para seguir uma decisão contrária à sua opinião. Já o deputado federal Abilio Brunini declarou seu apoio à candidata do Novo, Mirtes Grotti, que participou do evento com Bolsonaro em Sinop.
A disputa política se intensificou com a filiação de Dorner ao PL por meio da articulação do senador Wellington Fagundes, o que gerou descontentamento por parte dos deputados Cattani e Brunini, assim como da deputada federal Amália Barros. A confirmação de Dorner como candidato do PL pelo presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, levou à migração da empresária Mirtes para o Novo, causando divisão dentro da legenda.
Assim, a visita de Bolsonaro à cidade desencadeou um racha político entre membros do PL em Sinop, evidenciando as tensões e disputas internas dentro do partido.