O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou uma foto, neste sábado (29/5), em que segura uma camiseta com os dizeres “imorrível”, “imbroxável” e “incomível”.
Apesar de não fazer referência aos atos, a publicação do presidente ocorre no mesmo dia em que todos os estados do país e o Distrito Federal registraram manifestações contra o governo federal.
A negociação da compra de vacinas contra a Covid-19 e o retorno do auxílio emergencial de R$ 600, além do impeachment de Jair Bolsonaro estavam entre as reinvindicações dos manifestantes.
Atos pelo Brasil
Aproximadamente 100 cidades brasileiras, e ao menos nove países ao redor do mundo, registraram protestos contra o governo Bolsonaro neste sábado.
Em Brasília, o ato foi organizado por movimentos políticos e estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Diretórios Centrais de Estudantes (DCEs) e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Para diminuir as aglomerações, a marcha ao Congresso Nacional foi organizada em fileiras, divididas por faixas em diferentes cores. Os manifestantes usavam máscaras. Policiais também fizeram revista para evitar o porte de armas ou material perigoso.
O deputado distrital Fábio Félix (PSol-DF) criticou o governo Bolsonaro e explicou a razão do protesto na Espanada, mesmo diante da pandemia da Covid-19.
“Estamos no meio de uma crise sanitária profunda. Mas o nosso dever de estar na rua hoje é justamente para isso, para dar o nome e o sobrenome do culpado desse processo”, declarou.
Em São Paulo, milhares de manifestantes contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro lotaram a Avenida Paulista.
Diferentemente de Brasília, no entanto, alguns moradores paulistas não respeitaram o distanciamento social, apesar de quase todas as pessoas terem feito o uso de máscaras de proteção facial.
Já no Rio de Janeiro, os participantes do ato gritaram palavras de ordem contra o governo Bolsonaro, críticas à política de imunização contra a Covid-19 e exigências de vacinas. A Polícia Militar do estado acompanhou a manifestação.
Também foram registrados atos em Belo Horizonte, Goiânia, e Salvador. Em Pernambuco, a manifestação foi interrompida pela Polícia Militar, que atirou balas de borracha e gás lacrimogênio contra os participantes.