O juiz eleitoral de Lucas do Rio Verde, Cristiano dos Santos Fialho, concedeu nesta segunda-feira (05.10), decisão liminar contra o site Muvuca Popular por divulgar Fake News. De acordo com o magistrado o conteúdo extrapolou a responsabilidade da imprensa em informar, já que se trata de material de cunho pessoal, ofensivo e de comprovada persuasão eleitoral.
“Sempre que o órgão de imprensa se referir de forma direta a candidatos, partidos ou coligações que disputam pleito, com ofensa ou informação inverídica, extrapolando o direito de informar, haverá campo para atuação da Justiça Eleitoral para processar e julgar”, diz o juiz em trecho da sua decisão.
Para o candidato à reeleição, Luiz Binotti (PSD), Lucas do Rio Verde não tolera mais a velha política. “Basta de politicagem, mentiras. Isso acontecia na época do coronelismo. Ao se valerem de mentiras para manipular a opinião pública, eles não estão faltando ao respeito com o candidato, mas sim com a população, com as famílias que esperam por propostas dos candidatos”, declarou.
O advogado da Coligação Lucas no Rumo Certo, Flávio Caldeira Barra, expôs que o debate sobre Fake News é atual e constitui crime. Para ele, as eleições deste ano serão diferentes e certas práticas, até então consideradas ‘comuns’, não passarão impunes aos olhos da Justiça.
“Desde 2016 o grupo adversário está tentando incutir na mente das pessoas a ideia de que uma mentira é verdade. Inclusive, o prefeito tem conseguido sucessivas vitórias judiciais quando o assunto é IPTU, já que não há qualquer fundamento nisso, não há nenhuma dívida desse imposto. Lamentável que alguns veículos de comunicação ainda se prestem ao papel de divulgar e difundir mentiras como se fossem conteúdo jornalístico”, concluiu Barra.
Uma disputa política tomou conta da cidade de Sinop, no Mato Grosso, após a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Os deputados estadual Gilberto Cattani e federal Abilio Brunini, ambos do PL, anunciaram que não apoiarão a reeleição do prefeito Roberto Dorner, também do PL, após um episódio polêmico durante a carreata com a presença de Bolsonaro.
Segundo relatos, durante a visita do ex-presidente, Dorner e sua esposa foram impedidos de subir no carro de Bolsonaro, o que gerou descontentamento por parte dos deputados Cattani e Brunini. Em resposta às acusações de “ciúmes” por parte do prefeito, Cattani ironizou a situação e afirmou que não sente ciúmes de homens, destacando sua orientação sexual.
Além disso, Cattani deixou claro que não apoiará Dorner e rejeita qualquer tipo de pressão partidária para seguir uma decisão contrária à sua opinião. Já o deputado federal Abilio Brunini declarou seu apoio à candidata do Novo, Mirtes Grotti, que participou do evento com Bolsonaro em Sinop.
A disputa política se intensificou com a filiação de Dorner ao PL por meio da articulação do senador Wellington Fagundes, o que gerou descontentamento por parte dos deputados Cattani e Brunini, assim como da deputada federal Amália Barros. A confirmação de Dorner como candidato do PL pelo presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, levou à migração da empresária Mirtes para o Novo, causando divisão dentro da legenda.
Assim, a visita de Bolsonaro à cidade desencadeou um racha político entre membros do PL em Sinop, evidenciando as tensões e disputas internas dentro do partido.