O responsável por presidir as investigações do caso, delegado Marcel Gomes de Oliveira, descreveu que “pela análise de todas as circunstâncias, deve recair sobre o indiciado a imputação de homicídio qualificado pelo motivo fútil e pelo recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima”.
Pelo trabalho investigativo, que ouviu várias testemunhas e colheu diversos materiais que foram periciados pela Perícia Oficial e Técnica do Estado, Marcel fechou o inquérito policial e encaminhou o processo ao Ministério Público, que por enquanto não se manifestou sobre a denúncia do empresário.
No dia do crime, Rafik atirou apenas uma vez contra o homem que morava em situação de rua e acabou o matando com um único disparo na cabeça. O crime aconteceu no bairro Consil, na Rua Tereza Lobo, próximo a Rodoviária de Cuiabá.
Para o delegado, os resultados dos exames foram precisos para poder indiciar o acusado, que é empresário no ramo de cervejaria e tinha um escritório nos fundos de um posto de combustível que fica próximo ao local onde aconteceu o crime.
“Não resta dúvida acerca da materialidade delitiva, evidenciada através da juntada do exame de necrópsia da vítima e demais documentação médica (declaração de óbito). No caso, a vítima Cilce Pereira da Silva foi atingida por um disparo fatal de arma de fogo na região do cabeça, o que fez com que a vítima perdesse grande quantidade de sangue e massa encefálica”, diz trecho inquérito policial, que indicia o empresário por homicídio duplamente qualificado.
Vale lembrar que antes da finalização do inquérito policial, Rafik esteve na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e permaneceu calado. Ele não teve mandado de prisão preventiva expedido em seu desfavor, por isso ele foi chamado para ser ouvido e depois foi liberado.
O crime
O morador em situação de rua, Cilce Pereira da Silva, 63 anos, foi morto na noite de sábado (15). O motivo do assassinato ainda é desconhecido, mas testemunhas desconfiam que houve uma discussão entre o empresário, que é dono de uma cervejaria, e a vítima. Pouco tempo após o início do bate-boca, o homem teria sacado a arma e atirado.
Em seguida, o empresário teria fugido do local e não foi mais localizado. O crime ocorreu nos fundos do posto de gasolina que fica em frente à Rodoviária Cássio Veiga de Sá. Conforme a descrição do boletim de ocorrências, o corpo estava em um terreno baldio, próximo ao Hotel Skala.
A vítima chegou a ser socorrida com vida e encaminhada pelo ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas morreu algumas horas depois.
O inquérito policial que Rafik precisa ser enquadrado do artigo 121 do Código de Processo Penal por que “pela análise de todas as circunstâncias, deve recair sobre o indiciado a imputação de homicídio qualificado pelo motivo fútil e pelo recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima