Um homem de 27 anos foi preso na madrugada deste domingo (20), após chamar policiais militares de ‘porcos’, ‘vagabundos’, cuspir em um deles e mostrar o órgão genital durante o atendimento de uma ocorrência. A ação aconteceu em Sinop (479 km de Cuiabá).
De acordo com informações da Polícia Civil, uma equipe da Polícia Militar foi acionada no bairro Maria Vindilina por conta de reclamações sobre som alto em um estabelecimento comercial.
O homem, que estava no local consumindo bebida alcoólica, se aproximou dos militares e questionou o motivo deles estarem ali “atrapalhando a festa” ao invés de estarem “prendendo ladrões”. Um dos PMs tentou explicar a ação, mas foi interrompido pelo homem, que começou a gritar oferecendo dinheiro para a festa continuar.
Logo em seguida, o homem foi até um veículo que estava estacionado e começou a xingar os policiais de ‘porcos’, ‘vagabundos’ entre outros. Depois ele abaixou o short, mostrou o órgão genital e começou a balançar em direção aos policiais, erguendo as mãos e mostrando o dedo do meio.
Os policiais deram voz de prisão ao homem, que não obedeceu e tentou resistir, cuspindo em um dos militares, dizendo que não podia ser preso porque sua irmã “era advogada”. Já imobilizado, ele ainda chutou várias vezes a viatura, tentando quebra-la.
Anúncio
Ele foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil e preso.
Ele foi filmado praticando os insultos durante uma partida do Mixto
O torcedor Marcos Aurélio de Figueiredo, de 61 anos, que fez xingamentos racistas ao árbitro Pedro Henrique Pio durante uma partida pelo Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino A2, foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de racismo e injúria, nesta quinta-feira (25), dentro das investigações conduzidas no inquérito policial instaurado na Delegacia do Torcedor.
O caso veio à tona após o torcedor ser filmado na arquibancada do estádio Dutrinha em Cuiabá, no último domingo (21), durante o jogo entre as equipes do Mixto X Bahia, fazendo referências racistas e proferindo outras ofensas ao árbitro que coordenava a partida. As falas proferidas por Marcos Aurélio continham ofensas como “macaco” e “desgraçado”, entre outros insultos.
O árbitro, vítima das ofensas, e o Mixto Esporte Clube registraram boletins de ocorrência para apuração dos fatos, sendo posteriormente o torcedor identificado pelo próprio Clube de Futebol. Interrogado na delegacia, na quarta-feira (25), o torcedor, que estava acompanhado dos filhos negros, optou por permanecer em silêncio sobre os fatos.
Segundo o delegado titular da Delegacia do Torcedor, Rogério Ferreira, a Polícia Civil de Mato Grosso está atenta a qualquer tipo de situação que possa causar tumulto e brigas, assim como a prática de atos que possam ter intenção racista, realizados em grandes eventos.
Anúncio
“A Polícia Civil repudia todo tipo de ação ou de omissão racista, ou discriminatória, assim como outras situações possam provocar tumulto ou incitar a violência dentro do estádio. Todos os fatos serão apurados com rigor”, disse o delegado.