De acordo com o delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, responsável pelas investigações sobre o casal desaparecido em Porto dos Gaúchos, uma das vítimas, Valdir Henning, de 45 anos, era conhecido por ser “caloteiro” e tinha diversas dívidas. “Tinha problemas em pagar certos credores, enfim”.
O delegado também afirma que, o local onde os corpos foram localizados era alvo de brigas fundiárias, mas que ainda não pode relacionar o crime com essa situação. “Aquela terra onde foram encontrados era uma terra com disputas recentes e passadas. A gente sabe que já morreram gente lá por disputa de terra”.
Sem dar muitos detalhes, o delegado confirmou que Valdir tinha passagens pela polícia.
Em relação a Tatiane, uma das linhas de investigação é que ela tenha sido morta por estar junto com o marido, como queima de arquivo. “Não tem ninguém que fale dela de forma desabonadora, inclusive a gente pensa que pode sim ser uma consequência, uma sequela, se for os dois, desse homicídio”, completa o delegado.
Por estar no início das investigações, a polícia também trabalha com a hipótese de ser um latrocínio. “A gente sabe que a vítima estava com dinheiro na caminhonete, era um homem que andava com bastante ouro, correntes, pulseiras, enfim, o leque atual é muito grande”.
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Valdir e Tatiane estavam desaparecidos desde o dia 28 de abril, quando saíram para ir até Itanhangá, mas não retornaram mais para Porto dos Gaúchos.
O delegado ainda aguarda o resultado dos exames de DNA para confirmar se os corpos encontrados carbonizados são realmente do casal. A placa e o modelo da caminhonete que foi destruída pelo fogo também coincidem com o veículo que pertencia as vítimas.
O casal foi localizado a cerca de 80 km de onde havia uma árvore tombada na pista, para dificultar a passagem de veículos, lugar onde pode ter acontecido a emboscada.
Policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis prenderam em flagrante, nesta quarta-feira (24.04), cinco suspeitos de integrar uma associação criminosa destinada à adulteração e receptação de cargas agrícolas.
A Operação Joio por Trigo foi deflagrada para cumprir mandado de busca e apreensão como parte da investigação iniciada pela delegacia especializada para identificar os responsáveis em adulterar as cargas furtadas.
A equipe policial identificou um barracão, no Parque Industrial Vetorasso, em Rondonópolis, utilizado pelo grupo criminoso para receber as cargas desviadas e adulterá-las por outros produtos. No momento em que os policiais civis chegaram ao local nesta quarta-feira, o grupo estava trocando uma carga de farelo de soja por areia.
A carga de 50 toneladas de farelo, avaliada em R$ 94 mil, saiu de Cuiabá nesta manhã e tinha como destino o Porto de Imbituba, no estado de Santa Catarina. Contudo, o produto foi desviado para o barracão, que servia como uma espécie de fábrica para adulteração dos produtos originais que eram substituídos ou misturados a outros de menor valor como areia, casca de soja ou soja peletizada.