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POLÍCIA

FALSO MOTOBOY: Mulher monta escritório em hotel e aplica golpes de R$ 80 mil em MT

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Uma mulher, que estava aplicando golpes contra vítimas idosas em Cuiabá e cidades vizinhas, foi presa em flagrante pela Polícia Civil, na quarta-feira (28.04), após ter sua identidade descoberta em investigações da Delegacia Especializada de Crimes Informáticos (DRCI). A suspeita, de 23 anos, mantinha um escritório para prática do crime em um quarto de hotel, no bairro Bandeirantes, em Cuiabá.

 

A estelionatária é integrante de uma associação criminosa envolvida em crimes de estelionato e veio da cidade São Paulo (SP), há aproximadamente 30 dias. Ela esteva em Cuiabá aplicando o golpe do “falso motoboy”, e durante o período movimentou aproximadamente R$ 80 mil, oriundos de golpes. Até o momento, três vítimas já foram identificadas, todas elas mulheres e idosas.

 

Para aplicar o golpe, a suspeita entrava em contato com a vítima, por telefone, se passando por funcionária da agência bancária e comunicando a tentativa de compras fraudulentas. Dando continuidade a conversa, a suspeita dizia que estava fazendo o bloqueio do cartão e induzia a vítima fornecer dados pessoais e bancários da conta.

No final da conversa, a vítima era instruída a cortar o cartão ao meio e em seguida, um motoboy enviado pelo banco iria até a residência para retirada do cartão, que a vítima acreditava já estar cancelado.

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O primeiro golpe aplicado pela suspeita ocorreu no dia 06 de abril, contra uma vítima da cidade de Chapada dos Guimarães, ocasião em que conseguiu a vantagem ilícita aproximada no valor de R$ 46 mil. Posteriormente, foi aplicado o mesmo golpe contra uma vítima de 68 anos, moradora de Cuiabá, em que o valor subtraído ficou na casa dos R$ 25 mil.

 

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O último golpe foi aplicado na segunda-feira (26), contra uma senhora de 80 anos, da qual através da fraude, foi subtraído R$ 2,5 mil. Através das investigações da DRCI, foi possível identificar a suspeita e local de onde ela cometia os golpes.

 

Foram realizadas diligências e utilizada de técnicas investigativas policiais sigilosas que levaram a prisão em flagrante da estelionatária, que foi localizada em um quarto de hotel, na região do bairro Bandeirantes em Cuiabá. Com ela foi apreendido, 15 máquinas de cartão de crédito, utilizadas para realizar as transações bancárias a partir dos cartões que ela adquiria fraudulentamente.

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Segundo o delegado da DRCI, Ruy Guilherme Peral da Silva, a estelionatária não possuí antecedentes criminais no estado de São Paulo, porém há suspeitas que ela seja integrante uma organização criminosa interestadual envolvidas em golpes cometidos por meios virtuais, sendo representado pela conversão da prisão em flagrante em preventiva.

 

“A prisão desta mulher representa um forte golpe contra o crime organizado que tem praticado estelionato em Cuiabá e nas cidades vizinhas. Foi uma ação extremamente exitosa pois ela, não está respondendo só pelo crime de estelionato majorado praticado contra idoso mas também por crime de integrar organização criminosa e falsa identidade”, disse o delegado

 

As investigações continuam para identificação de outras pessoas envolvidas no crime e que dariam suporte na aplicação do golpe. “A ação mostra que a Polícia Civil de Mato Grosso está atenta, retirando de circulação uma criminosa envolvida em golpes e reprimindo os crimes virtuais e fraudes que tem gerado prejuízo à População”, finalizou o delegado.

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POLÍCIA

Professor negro preso por crime enquanto trabalhava pode processar o Estado

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Clayton Ferreira Gomes dos Santos, o professor negro que foi preso acusado de sequestrar e roubar uma idosa, pode processar o Estado de São Paulo, segundo o advogado dele. Ao g1, nesta quinta-feira (18), o representante ressaltou que a detenção representa um “impacto negativo muito grande” na vida do cliente. O defensor disse ainda que, passada a investigação da Polícia Civil, vai analisar o caso para avaliar como proceder.

 

A Polícia Civil da capital paulista prendeu Clayton na última terça-feira (16) sob a acusação de sequestrar e roubar uma idosa em Iguape (SP), por volta das 9h de 31 de outubro de 2023. Em contrapartida, a Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, na Zona Sul de São Paulo, declarou que o homem dava aulas de educação física no mesmo dia e horário em que ocorreram os crimes.

 

A Justiça de São Paulo atendeu, na quarta-feira (17), o pedido da defesa de Clayton, concedendo um habeas corpus para libertá-lo. Na decisão, o desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), considerou que os indícios da autoria do crime foram “enfraquecidos” a partir da hipótese de que ele estava trabalhando (leia mais abaixo).

 

Ao g1, o advogado Danilo Reis, que representa Clayton no caso, afirmou que, futuramente, pode considerar a possibilidade de processar o estado e pedir uma indenização pelo tempo em que o homem ficou detido. “O primeiro passo é colocá-lo em liberdade. Agora, temos que ter acesso ao inquérito policial por completo para, depois da conclusão dele, verificar uma ação cível em desfavor de quem for de direito”, disse Reis.

Sentimento

O advogado acrescentou que, em contato com Clayton e familiares mais próximos do professor, sentiu a expectativa alta pela liberação dele, embora os danos permaneçam. “Todo mundo está feliz e ansioso para vê-lo fora de lá o quanto antes, mas é um impacto negativo muito grande porque é uma situação da qual ninguém espera, principalmente quando não dá motivos para o feito”, complementou ele.

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Habeas Corpus

O desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, decidiu pelo habeas corpus a Clayton a partir da declaração da escola e do conhecimento sobre o método usado para identificar o autor do assalto em Iguape: reconhecimento fotográfico.

“O Juízo de primeira instância mencionou a necessidade da prisão temporária com a finalidade de facilitar a investigação de crime grave (roubo). Todavia, enfraquecidos indícios de autoria pela hipótese plausível de o paciente estar trabalhando no momento do crime, tenho que a custódia caracteriza constrangimento ilegal sanável a adoção de medida de urgência”, escreveu o desembargador.

Com isso, o magistrado concedeu a liminar pretendida e determinou a expedição de alvará de soltura de Clayton. O juiz ainda criticou a polícia por ter pedido à Justiça a prisão temporária do professor baseando-se apenas no reconhecimento fotográfico dele.

“Muito embora seja cediço que tal elemento indiciário é admitido como lícito e, por vezes, constitui ferramenta útil ao trabalho policial inicial, as pertinentes alegações trazidas pelos impetrantes têm o condão de infirmá-lo.”

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Entenda o caso

professor-negro, clayton ferreira

Clayton é casado com Cláudia

A vítima do sequestro e roubo em Iguape é uma aposentada de 73 anos que havia reconhecido Clayton na polícia da cidade litorânea, por fotografia, como uma das três pessoas que roubaram R$ 11 mil dela em 31 de outubro de 2023 na Avenida Adhemar de Barros, no Centro.

Mas, de acordo com a Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, na Zona Sul de São Paulo, Clayton estava dando aulas de educação física no mesmo horário e dia em que ocorreram os crimes. A escola fica na Rua Filipe Cardoso, no Jardim da Saúde.

Além do diretor da escola, a defesa e a família dele também alegam que o educador é inocente e que sua prisão é ilegal (saiba mais abaixo).

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Clayton, que tem 40 anos, não dá mais aulas nessa escola, na capital, que fica 200 quilômetros distante do local no litoral onde a idosa contou ter sido abordada por um homem e duas mulheres que estavam num Chevrolet Celta preto. O motorista era um homem negro, de acordo com a vítima. Ela se identificou como sendo parda.

Segundo a aposentada, os sequestradores obrigaram-na a entrar no veículo. Depois a levaram até uma agência bancária, onde mandaram fazer dois saques, nos valores de R$ 5 mil e R$ 6 mil. Em seguida, os bandidos, de acordo com a idosa, disseram para depositar o dinheiro na conta de uma das mulheres da quadrilha. Mais tarde, o grupo roubou seus cartões de banco e a abandonou em uma rodovia.

Professor trabalhava na hora do crime

Segundo o diretor de escola Vilson Sganzerla, Clayton trabalhou no dia 31 de outubro de 2023 no horário em que ocorreram os crimes. “Ele trabalhou na escola. Eu fiz a declaração. O que afirmei [é] que [Clayton] trabalhou num determinado tempo na escola. Parece, sim, existir um equívoco [na prisão dele]”, falou Vilson nesta quarta ao g1.

O diretor encaminhou para a defesa de Clayton uma cópia da ficha de ponto do professor na data em que ele foi acusado de ter cometido sequestro e roubo em Iguape.

Advogado cita preconceito

professor-negro, clayton ferreira

Clayton é professor atualmente da Escola Estadual Maria José, na Bela Vista, Centro de São Paulo. Segundo seu advogado, Danilo Reis, o cliente e uma das mulheres foram reconhecidos pela vítima por fotografias apresentadas a ela pela polícia de Iguape.

“Eu acredito que é mais um caso vinculado a preconceito racial e a falha do inquérito policial, que se limita a esse tipo de reconhecimento fotográfico, que é precário”, disse Danilo, na quarta-feira (17) ao g1.

O advogado não sabe como a foto de Clayton foi parar no banco de imagens mostradas pela polícia à vítima. “Ele nunca teve passagens criminais anteriores”, afirmou Danilo. O advogado suspeita até da possibilidade de que alguém ainda não identificado possa ter usado a foto e documentos de seu cliente de maneira criminosa para prejudicá-lo.

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“Existe a possibilidade de o documento do professor ter sido extraviado, mas de todo modo seria leviano a polícia pedir a prisão dele à Justiça somente pelo reconhecimento fotográfico.”

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A pedido da polícia de Iguape, e com a concordância do Ministério Público (MP) da cidade, a Justiça local decretou a prisão temporária de Clayton em 17 de novembro de 2023. Danilo não soube informar se a outra mulher identificada pela vítima por foto foi presa também. “Só posso dizer que Clayton não conhece essa outra suspeita, nunca a viu. Ele sequer esteve em Iguape antes. Foi acusado pela polícia de dirigir o carro usado nos crimes, mas ele não tem nem carteira de habilitação. Não sabe dirigir e só usa transporte público.”

“Nunca praticou qualquer ato ilícito e principalmente por fisicamente ser impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo, agravando-se ainda mais por tratar-se de comarcas distintas e de distâncias consideráveis”, informa o pedido da defesa de Clayton no habeas corpus.

Policiais prenderam professor em delegacia

Segundo Claudia Gomes, esposa de Clayton, ele foi preso após atender um pedido da polícia para comparecer ao 26º Distrito Policial (DP), Sacomã, na Zona Sul. A mulher contou que seu marido recebeu uma carta na portaria do prédio em que moram, na capital, para ir à delegacia esclarecer informações que ele dera num boletim de ocorrência eletrônico que fez do furto de seu celular. Clayton não conseguiu reaver o aparelho furtado.

“Mas ele chegou lá sozinho e soube que os policiais disseram que havia um mandado de prisão temporária em aberto contra ele para ser cumprido por determinação da Justiça. Então o prenderam”, disse Claudia. “Eu estou arrasada porque estou sem saber o que fazer.”

“Como que pode um inocente ter que provar que ele é inocente? Só no nosso país acontece isso de um inocente ter de provar que é inocente. A pessoa fica apavorada, sem saber de nada”, falou a esposa do professor.

O que diz a SSP-SP

Procurada para comentar o assunto, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) respondeu que a prisão de Clayton seguiu o que a investigação policial apurou e teve a concordância do MP e da Justiça. Mas informou que qualquer irregularidade da delegacia tem de ser comunicada pelas partes à Corregedoria da Polícia Civil:

“O caso é investigado pela Delegacia de Iguape, que identificou, após trabalho de polícia judiciária, o homem citado como suspeito de um roubo em Iguape, em 31 de outubro de 2023, quando uma mulher de 73 anos teve o valor de R$ 11 mil subtraído. A vítima reconheceu o suspeito e uma mulher como autores do crime.

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