Quatro meses após o desaparecimento e a localização do menino Heitor, de dois anos no final do mês de dezembro em Lucas, o inquérito que apuram os fatos acerca do acontecido ainda segue aberto. Em entrevista o delegado Eugênio Rudy declarou que todos os indícios levam a crer que houve um rapto. Porém, todas as circunstâncias como o local em que foi encontrado e a dificuldade de fala do menino ainda não foi possível comprovar quem teria sido o responsável pelo crime.
“O inquérito ainda está aberto. Não tivemos ainda avanços importantes. Fizemos a coleta do depoimento sem danos do menino, na cidade de Campo Novo do Parecis, mas a criança não conseguiu expressar nada. Apesar de ter quase três anos, ela fala praticamente só papai e mamãe. Isso dificultou bastante a nossa questão”, pontuou o delegado em declaração.
A principal linha de investigação é de que o menino tenha sido raptado e, posteriormente, abandonado em um aterro sanitário que fica a cerca de 1,5km de onde ele estaria no momento do sumiço, por conta da ampla divulgação e da enorme repercussão que o caso teve.
“O problema é que a região é bastante afastada, com pouca possibilidade de alguém testemunhar o ocorrido, não há câmeras de vigilância ou qualquer outra coisa que nos ajude. O delegado ainda pontua que qualquer informação através do 197. Os indícios apontam para o rapto, mas a dinâmica e o autor ainda seguem sem esclarecimentos”, explicou o delegado.
Rastros encontrados no local do aparecimento e o fato de o Corpo de Bombeiros ter feito buscas no local anteriormente, ainda causam estranheza à PJC, aumentando ainda mais a hipótese de que o menino possa ter sido raptado.
Os que estiveram no local em que a criança foi encontrada, produziram fotos em que mostravam pegadas muito recentes no solo do local. A marca seria de uma pessoa adulta e não seria condizente com nenhuma das pessoas que transitaram pela área.
Outro fato estranho é o de que o Corpo de Bombeiros já havia realizado buscas pelo menino no local, inclusive com a ajuda de um cão farejador. Indícios em uma vegetação próxima estaria mexida, indicando a presença de alguém no aterro.
Quando encontrado, o menino estava nu. Segundo sua avó, o menino estaria de fralda na hora do desaparecimento. Porém, o delegado explica que a possibilidade da própria criança pode ter retirado a mesma durante a possível caminhada que fez, de 1,5km. A fralda não foi encontrada nas proximidades durante as buscas.
O menino Heitor desapareceu no dia 24 de dezembro de 2020, em uma fazenda onde estava com a família passando as festividades de fim de ano.
A criança foi encontrada no aterro sanitário a cerca de 1,5km de distância de onde ocorreu o desaparecimento por um morador da cidade que trabalha no local, que em seguida acionou o Corpo de Bombeiro Militar.