A Polícia Civil divulgou, na manhã desta quarta-feira (17), os detalhes da investigação que levou ao indiciamento do dono de uma loja em Belo Horizonte por suspeita de abusos contra clientes, funcionárias e mulheres que ele buscava para fazer parcerias profissionais. O empresário Cleidison dos Santos, de 29 anos, vai responder pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual contra mais de dez vítimas.
De acordo com a delega Larissa Mascotte, a prisão do comerciante foi decretada pela Justiça, mas ele é considerado foragido.
“A advogada dele tem ciência do mandado de prisão. Então, ele está na situação de foragido, tendo em vista que a Polícia Civil já empreendeu diversas diligências investigativas em busca do suspeito. Nós estamos nos últimos dias à procura dele. Fomos à sua residência, à residência de parentes”, disse.
Segundo a delegada, as vítimas têm entre 18 e 28 anos e os crimes começaram em 2017. “Foram 14 vítimas que nos procuraram e 11 foram consideradas para fins de indiciamento. Ele foi indiciado pelo crime de estupro por quatro vezes, por estupro de vulnerável – uma vez – e, pelo crime de importunação sexual por cinco vezes”, disse.
Além disso, ele foi indiciado pela contravenção penal de importunação ofensiva em 2017, antes de a importunação sexual ser considerada crime.
Na maior parte das vezes, os abusos aconteceram dentro do provador da loja Ana Modas, localizada em shopping popular do Centro e que está fechada desde que as denúncias vieram à tona.
“Essas mulheres estavam vestindo as roupas, muitas vezes roupas de banho, e ele abria a cortina do provador e, muitas vezes, agarrava essas mulheres, forçava beijos, tocava sem permissão”, explicou a delegada.
Entretanto, um dos crimes, o estupro de vulnerável, aconteceu na casa do suspeito, de acordo com a delega. A vítima, que na época tinha 25 anos, contou que ele teria proposto uma parceria para divulgação de fotos.
“A pretexto de passar essas fotos, ele a convidou a ir até a residência dele. No local, ele serviu uma bebida. Ela, então, se sentiu dopada. Adormeceu e, quando acordou, teria percebido que teria sido vítima de um estupro”, afirmou.
Segundo Larissa Mascotte, o homem chegou a fazer ameaças a duas vítimas, dizendo que iria comprar uma arma e que seria amigo de policiais.
Antes de a prisão ser decretada, ele prestou depoimento, mas, conforme a polícia, negou a autoria dos crimes. Não foi possível localizar a defesa do empresário.
A Polícia Civil pede ajuda à população para encontrar o suspeito. Quem tiver informações sobre o paradeiro dele pode entrar em contato com a Delegacia Especializada em Combate à Violência Sexual, pelo número (31) 3330-5710.
Fonte: G1