A motorista de aplicativo Luciana Cordioli, que foi morta durante assalto e teve o corpo encontrado ao lado de uma mata em Fernandópolis (SP), foi golpeada mais de 70 vezes pelo criminoso. O lavrador Jovanilson Soares Nogueira, de 19 anos, foi preso após o carro da vítima parar de funcionar. Ele foi condenado a 30 anos de prisão.
A informação consta na sentença do juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinícius Castrequini Bufulin, responsável por condenar Jovanilson. O G1 tenta localizar a defesa do réu.
"Maldade pura de quem revelou, na presente data, não ter qualquer arrependimento de ter desferido 71 golpes de faca, com intensa vontade de matar", afirmou o juiz na sentença.
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De acordo com investigações da Polícia Civil, Jovanilson solicitou uma corrida entre Urânia e Fernandópolis. Durante o trajeto, ele anunciou o assalto e esfaqueou Luciana, de 41 anos. Os golpes foram desferidos na Rodovia Euclides da Cunha (SP-320), em dezembro de 2020.
Depois de matar Luciana, o jovem assumiu o volante do veículo e deixou o corpo da vítima ao lado de um canavial, em Fernandópolis.
Em seguida, dirigiu novamente pela Rodovia Euclides da Cunha. Porém, o veículo parou de funcionar. O jovem, então, pediu ajuda a motoristas, com a desculpa de ter sido assaltado.
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Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamadas, mas perceberam manchas de sangue nas roupas do suspeito e acionaram a Polícia Militar. Jovanilson foi levado à delegacia, onde confessou o crime.
"A confissão do réu, na fase policial, não foi totalmente verídica, porque o réu alegou que contratou a vítima aleatoriamente, mas, em verdade, já a conhecia e contratara os serviços da vítima no passado", escreveu o juiz em um trecho da condenação.
Segundo Vinícius Castrequini Bufulin, o réu premeditou o crime, escolheu a vítima pelo fato de conhecê-la e agiu com dissimulação e surpresa, fatores que agravam os fatos.
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Por isso, o magistrado condenou Jovanilson a 30 anos de reclusão em regime fechado, 300 dias de multa e pagamento das custas processuais.
"O regime fechado é o único adequado para o caso, considerando a gravidade concreta, culpabilidade incomum do réu e pena superior a oito anos", consta na decisão do juiz.
O velório e enterro da motorista de aplicativo aconteceram no dia 14 de dezembro de 2020, em Jales. Ela deixou dois filhos, um com 16 e outro com 10 anos.
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O crime chocou amigos, familiares e companheiros de trabalho de Luciana. Motoristas fizeram uma carreata e colocaram adesivos nos carros para homenageá-la.
A comerciante Mariele Rodrigues de Souza, que acompanhou o velório e enterro da amiga, afirmou que Luciana era uma pessoa muito simpática e que não fazia mal a ninguém.
"Ela conversava com todos e trabalhava à noite para dar o melhor para seus filhos. Nosso coração fica partido. A gente pensa no motivo que levou o criminoso a fazer isso. Como ele pôde ter coragem? Não dá para entender o motivo. Pedimos Justiça."
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Já o amigo e companheiro de trabalho da motorista de aplicativo Marcos Gonzaga, de 47 anos, relatou sentimento de insegurança por conta do crime.
"Ela foi mais uma vítima que morreu ganhando o pão de cada dia. Acordamos para trabalhar e levar comida para casa. Aí vem um marginal desse e acaba com tudo."
No local do crime os policiais encontraram uma moto roubada
Um ex-presidiário identificado como Juan Pablo Perez, de 41 anos, conhecido popularmente como ‘Papito’ foi executado a tiros. O crime ocorreu na noite da última segunda-feira (11) em uma casa localizada na Rua Açaí, no bairro Floresta, na zona sul de Porto Velho (RO).
Conforme informações de testemunhas, dois homens em uma moto chegaram ao local e atiraram contra a vítima. Juan Pablo ainda conseguiu correr para o fundo da casa, mas acabou caindo em uma ribanceira já sem vida.
Além disso, a vítima morreu no mesmo lugar onde o enteado foi executado, em 19 de janeiro deste ano. Por fim, durante a ocorrência os policiais encontraram uma moto roubada na casa do ex-presidiário. Uma moto com a placa NBR7123.