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CASO HENRY: Sob xingamentos e gritos de ‘assassino’, Dr. Jairinho leva tapa na cara ao deixar delegacia

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Suspeitos de matar o menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e a sua companheira, Monique Medeiros, mãe da criança, deixaram a 16ª DP (Barra da Tijuca), na Zona Oeste do Rio, por volta das 13h desta quinta-feira. Escoltados, eles caminharam em silêncio até as duas viaturas da Polícia Civil, que partiram para o Instituto Médico-Legal (IML), no Centro. Pessoas que acompanhavam a cena xingaram os suspeitos e os chamaram de “assassinos”. Um homem mais exaltado chegou a furar o bloqueio da polícia e deu um tapa no vereador.
O autor do tapa em Jairinho, um aposentado de 64 anos, foi encaminhado por policiais à própria 16ª DP logo após a agressão. Na unidade, foi lavrado um termo circunstanciado pelo crime de “vias de fato”, em que se enquadra esse tipo de situação. Aos agentes, o idoso argumentou que agiu “acometido por grande emoção em razão dos fatos imputados ao vereador”. O homem, contudo, optou por prestar depoimento apenas em juízo e se comprometeu a comparecer às audiências relativas ao processo, que foi remetido ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Durante a passagem do casal pela delegacia, que durou mais de 5 horas e 30 minutos, os suspeitos foram ouvidos novamente pela polícia. Os investigadores queriam saber se ambos explicariam a verdadeira dinâmica do que aconteceu na noite de 8 de março. Ao longo da investigação, o vereador e a sua namorada alegaram que se depararam com Henry morto em seu quarto na madrugada daquele dia. Os laudos da necropsia apontaram, contudo, que o corpo do menino tinha lesões incompatíveis com um acidente doméstico.

Para a Polícia Civil, a defesa dos suspeitos reafirmou, no entanto, a versão de que a morte de Henry foi acidental.

O advogado do casal, André França, chegou à 16ª DP por volta das 7h15m e saiu logo após o casal, por volta das 13h. Ele também foi recebido aos berros e xingamentos de pessoas que aguardavam a saída dos suspeitos. A jornalistas, França reafirmou a inocência de seus clientes e disse que tomará todas as medidas cabíveis para recorrer da prisão do casal.
— Não mudaram (a versão), não mudaram nada — disse. — Vamos levantar todas as medidas, com tranquilidade. Desde o início el

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França também negou que o casal tenha ido à delegacia para prestar novos depoimentos. Segundo ele, Dr. Jairinho e Monique Medeiros foram ouvidos em relação a uma investigação da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), em que o vereador é acusado de ter agredido uma ex-namorada e sua filha, hoje com 13 anos.

— O que aconteceu foi que se aproveitou o momento, diante do episódio do outro inquérito, em que há um procedimento da DCAV. O delegado da DCAV o ouviu em relação àquele outro procedimento, onde tudo ficou esclarecido.

França disse ainda que, na delegacia, o casal não foi questionado sobre a tentativa de se desfazer dos telefones celulares, fato levantado pelas investigações da Polícia Civil.

‘A cena do apartamento não foi mudada de maneira proposital’
O advogado também alegou que a faxineira contratada pelo casal não participou de nenhuma tentativa de apagar os vestígios da morte de Henry — a qual, segundo França, não decorreu de agressões. Na versão do advogado, a empregada chegou à casa dos suspeitos no dia seguinte à morte do menino, às 7h30m, para trabalhar.

— A cena do apartamento não foi mudada de maneira proposital. A própria empregada doméstica já informou que fez a limpeza do local na ocasião. Já tinha limpado tudo e explicou inclusive que só soube da morte do Henry por volta das 10h da manhã, quando a Monique informou. Se a empregada que vai todo dia no apartamento, tem a chave do apartamento, e chegou por volta das 7h, 7h30m, como ela mesma disse, e só se comunicou com Monique para saber do fato às 10h da manhã, que limpeza é essa para mudar local de crime?

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Ele reafirmou que a rotina do casal com Henry era harmônica, contrariando o que apontam as investigações da Polícia Civil a partir da oitiva de testemunhas, como a babá do menino e a empregada doméstica.

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— Eles estão certos de que são inocentes e acham que está acontecendo uma injustiça. Temos depoimentos que foram reveladores no círculo íntimo do casal. Quem são essas pessoas? A psicóloga, a professora, que inclusive diz que tem curso técnico de (identificação de) maus tratos e nunca identificou nada no Henry, a empregada doméstica, a babá, os pais da Monique. Nenhum deles relata qualquer tipo de animosidade entre Monique e Henry ou Jairinho e Henry.

França reafirmou também que a morte de Henry foi acidental, mas não soube informar como o acidente aconteceu.

— Estamos demonstrando aqui que o improvável acontece. Em momento algum estamos afirmando que houve agressão. E em momento algum apontamos aqui como foi esse acidente: se caiu da cama, se caiu do armário, se caiu da estante…

O advogado comentou ainda o contato que o vereador Dr. Jairinho fez a um funcionário do alto escalão do Instituto Médico-Legal (IML), após a morte de Henry, para pedir a rápida liberação do corpo.

— É preciso comentar o que não está nos autos, mas não vejo nenhum tipo de problema quando a gente está no meio de uma pandemia e a família solicita ao vereador, que é uma pessoa influente e conhece várias pessoas, que agilize o trâmite para fazer o velório — diz ele.

França também foi questionado sobre a informação de que, no dia seguinte à morte de Henry, sua mãe, Monique Medeiros, foi a um salão de beleza para fazer o cabelo e a unha.

— Essa informação também não está confirmada. Não tenho essa informação do dia seguinte. No dia seguinte, inclusive, ela estava resolvendo velório, ela estava no velório. É preciso escutar essas informações primeiro e tomar conhecimento de de onde estão vindo essas informações a fim de que a gente evite isso (a condenação). Nossa Constituição garante a presunção de inocência.

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Ex-presidiário é executado a tiros por dupla de moto; polícia investiga caso

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No local do crime os policiais encontraram uma moto roubada

Um ex-presidiário identificado como Juan Pablo Perez, de 41 anos, conhecido popularmente como ‘Papito’ foi executado a tiros. O crime ocorreu na noite da última segunda-feira (11) em uma casa localizada na Rua Açaí, no bairro Floresta, na zona sul de Porto Velho (RO).

Conforme informações de testemunhas, dois homens em uma moto chegaram ao local e atiraram contra a vítima. Juan Pablo ainda conseguiu correr para o fundo da casa, mas acabou caindo em uma ribanceira já sem vida.

Além disso, a vítima morreu no mesmo lugar onde o enteado foi executado, em 19 de janeiro deste ano. Por fim, durante a ocorrência os policiais encontraram uma moto roubada na casa do ex-presidiário. Uma moto com a placa NBR7123.

 

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