Magno Brandão Ferreira, foi condenado a 79 anos de prisão por matar a mulher e as duas filhas dela, de 8 e 4 anos. A condenação em júri popular ocorreu nesta terça-feira (25), no Fórum de São Vicente, no litoral paulista.
O crime ocorreu no dia 5 de junho de 2018, mas os corpos de Thamiris de Souza Santos, de 30 anos, de Nayara Machado de Souza Santos, de oito anos, e Nicolly de Souza Santos, de quatro anos, foram achados somente quatro dias depois. Todas as vítimas tinham ferimentos causados por faca. Os corpos foram encontrados em estado de decomposição dentro da casa em que moravam com o réu, no bairro Parque Continental.
Brandão foi preso 15 dias após o crime, quando a mãe dele o denunciou para a Polícia Civil. Na época, ele estava escondido na casa de familiares. Desde então, ele seguia preso, e, foi julgado durante esta terça-feira pelo Tribunal do Júri.
O julgamento, que começou por volta de 9h30, se estendeu durante todo o dia, sendo encerrado por volta 20h30. Na sentença, o júri popular condenou o réu a 79 anos de prisão, 4 meses e 20 dias de reclusão no regime inicial fechado e pagamento de 90 dias-multa, no piso. Durante o julgamento, além dos homicídios, também foi levado em consideração os furtos que Brandão cometeu após o crime, já que ele usou o cartão da companheira para fazer saques.
Conforme explicado ao G1 pelo advogado que representa a família das vítimas, Mário Badures, o réu foi condenado pelos seguintes crimes:
Vítima Thamiris: o júri decidiu pela condenação do réu pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil (discussão banal), meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio;
Vítimas Nayara e Nicolly: homicídios qualificados por motivo torpe (vingança), meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e feminicídio;
Seis crimes de furto (saques de R$ 500 cada) qualificado pelo abuso de confiança (sabia a senha do cartão bancário da companheira que matou).
Durante as investigações do crime, o pai de Brandão foi ouvido pela polícia e confirmou que o filho é usuário de drogas, e também mostrou em seu celular mensagens enviadas pelo réu. O rapaz usou o celular da ex-companheira morta. Nelas, Brandão se desculpava com o pai, dizendo que ele “nunca o perdoaria pelo que fez”, além de confessar que lembrava do fato de “acordar com uma faca na mão”. Os relatos foram suficientes para que a Polícia Civil, durante as investigações, encarasse Brandão como principal suspeito da morte de Thamiris e das filhas.