O Corpo de Bombeiros capturou uma cobra píton albina de mais de 2 metros dentro de uma casa localizada no Setor Aeroporto Sul, em Aparecida de Goiânia. De acordo com o biólogo Edson Abrão, a espécie é de origem asiática ou africana e é rara no Brasil, podendo ter sido trazida de forma clandestina. Vídeo mostra o animal depois da captura (veja acima).
“É uma píton albina, ela é exótica, não é do Brasil, é uma serpente da África ou da Ásia. Pode ter escapado de algum cativeiro. Provavelmente foi comprada filhote e trazida clandestinamente para cá. O filhote dela custa entre até R$ 3 mil, uma deste tamanho pode valer R$ 15 mil”, explicou.
O resgate aconteceu na tarde da quinta-feira (10). Segundo os militares, a dona da casa estava no quintal quando viu a cobra e acionou a corporação.
O biólogo ainda explicou que todas as serpentes possuem veneno, mas nem todas conseguem injetar nas presas, é o caso da píton albina.
“Apesar dela ter veneno, ela não é peçonhenta. O macho não difere da fêmea. Vive como uma sucuri ou jiboia, mata por estrangulamento”, explicou Edson.
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Segundo o delegado Luziano Severino de Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), o caso deve ser apurado para saber se existe a possibilidade do crime de tráfico de animais em Goiás.
“Vamos atrás disso. Essa cobra pode ter vindo de perto, até mesmo na vizinhança, isso significa que podemos ter tráfico de animais. Esse animal deve ter chegado aqui ainda filhote”, explicou.
O delegado ainda informou que o tráfico de animais é crime ambiental e pode gerar pena de seis meses a um ano de prisão e multa.
O animal foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), onde deve receber cuidados e um destino apropriado.
O G1 entrou em contato com o Ibama, por e-mail às 8h desta sexta-feira (11), a fim de saber se o instituto deve investigar como o animal veio parar em Goiás e qual destino terá a cobra, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
Magistrado argumentou superlotação, possíveis maus tratos e violação dos direitos dos presos.
A Justiça de Mato Grosso determinou a interdição parcial do Centro de Ressocialização de Várzea Grande (Capão), argumentando superlotação, possíveis maus tratos e violação dos direitos dos presos. A decisão é do Juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto e foi publicada na última sexta-feira (22).
O estado deve adotar as seguintes medidas:
Transferir, em até 120 dias, 128 presos que estão em excesso;
Manter, no máximo, 30% da população acima da sua capacidade;
Proibir a entrada de qualquer custodiado de outra Comarca no Centro de Ressocialização de Várzea Grande;
Comunicar os órgãos competentes para apresentação de relatórios;
Em caso de descumprimento da decisão, será aplicada multa diária de R$ 10 mil. A Secretaria de Segurança Pública informou que ainda não foi notificada da decisão.
No documento, a Defensoria Pública argumenta que, atualmente, a unidade experimenta superlotação, aproximado de 160%, o que implica na violação de inúmeros direitos dos privados de liberdade e, de modo especial, o princípio da dignidade da pessoa humana.
“As condições vivenciadas na unidade ‘vem progredindo aceleradamente, sem que o Estado providencie quaisquer medidas para resolver ou, ao menos, amenizar os problemas existentes na unidade prisional’”, diz trecho do documento.
O documento também cita relatos de possíveis maus tratos e torturas sofridos pelos presos, decorrentes do uso excessivo e indiscriminado de spray de pimenta pela equipe especial de policiais penais, que está designada para atuação na unidade.
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“A superlotação não permite a correta separação entre presos provisórios e condenados, entre primários e reincidentes ou ainda de presos maiores de sessenta anos ou as lideranças de facções, [….] a pessoa adentra no Sistema Penitenciário para ser reestruturada, reconstruída, recuperada, mas, nas atuais condições, sem qualquer possibilidade de ressocialização, sairá dali muito pior do que entrou“, ainda conforme trecho do documento.