O consumo de carne bovina no estado teve uma queda de 30% em maio deste ano em comparação com maio de 2020.
A alta nos preços dos cortes bovinos desde o início da pandemia é o principal motivo pela queda no consumo.
Conforme o levantamento do Índice de Preços no Consumidor (IPCA) feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço das carnes, em geral, subiu 35% no país em um ano.
Além disso, houve um crescimento recorde na arroba do boi gordo e a exportação para China aumentou, fatores esses que também contribuíram para o aumento do preço e baixo consumo.
A baixa procura pela carne bovina continua em queda. O levantamento semanal do Instituto Mato-grossense de Economia e Agropecuária (Imea), apontou uma queda no consumo de 1,27%, de abril para este mês.
Com a carne mais cara, a opção agora é substituir o alimento por frangos e suínos.
Em um açougue de Cuiabá, caiu pelo menos 50% as vendas por causa do preço.
O Brasil atingiu o menor índice de consumo de carne bovina desde o começo da série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento, que começou em 1996. Cada brasileiro consome, em média, 26,4 quilos de carne por ano. A queda no país foi de cerca de 14% em comparação com 2019, antes da pandemia.
Nem só de boi e plantas vive o homem do campo, e ele já entendeu isso. Nas feiras agropecuárias realizadas durante o ano pelo Brasil, é visível que o assunto tecnologia tem ‘cadeira cativa’ na programação, como uma importante ferramenta para a viabilização e sucesso do negócio rural. Não é diferente na ExpoFrísia 2024, feira que acontece em Carambeí/PR, município da Região dos Campos Gerais (a duas horas da capital Curitiba). Desde a última edição, o tradicional evento leiteiro de uma das mais produtivas bacias do Brasil, deu as mãos à Digital Agro, um evento de tecnologia aplicada ao setor, que acontece simultaneamente no mesmo local.
Grande parte da programação da feira, de 25 a 27 de abril, está dedicada para a agrotecnologia, o que é compreensível, já que ela impacta positivamente e de maneira visível e crescente nos resultados do setor. Nos últimos anos e muito rapidamente sua atuação ultrapassou ambientes pontuais da fazenda como manejo de lavoura, sementes e animais, atingindo a gestão do negócio, negociação e comercialização do produto.
O coordenador de eventos e cooperativismo da Frísia, Luciano Tonon, destaca a importância da sinergia entre os eventos: “tanto o agricultor quanto o pecuarista, de certa forma, têm desafios compartilhados. Assim a ExpoFrísia, com a arena Digital Agro, amplia o número de empresas expositoras em benefício da produtividade e desenvolvimento sustentável da cadeia do agro, em um mesmo ambiente”.
Amargando uma crise ocasionada pelo crescimento na importação de lácteos, os desafios não tem faltado para a cadeia leiteira. Para este setor, a Exposição traz uma trilha personalizada, cujo objetivo é implantar técnicas na propriedade tais como manejo hídrico, treinamento de pessoas, utilização de dejetos e análise do uso de energia na pecuária.
Projeções da AgGateway (embrapa.br) indicam que até 2028 o mercado global de agricultura digital atingirá US$ 22,1 bilhões em termos de receita, numa agenda que é também social e ambiental. O documento Visão de Futuro da Embrapa, que identifica as oito megatendências da agropecuária brasileira, traz o agrodigital e a sua transversalidade com todas as outras, em especial: integração de conhecimento e de tecnologia, sustentabilidade e adaptação à mudança do clima, vinculadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentáveis (ODS).
A arena Digital Agro vai mostrar na prática novidades sobre internet das coisas, inteligência artificial, uso de drones, ESG e alimentos do futuro, entre outros. Também haverá um hub de inovação (ambiente para o desenvolvimento de soluções) com parcerias estratégicas, além do projeto de Smart Farming, modelo de agricultura inteligente, da Fundação ABC.
Gestão hídrica, conforto térmico para os animais – outro ponto que afetou o desempenho da cadeia leiteira, genoma bovino e principais usos de forrageiras são temas em destaque na feira. A programação geral inclui também exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade.
E se o interesse é sustentabilidade, na Exposição você vai encontrar uso de dejetos como fertilizante orgânico no solo, aplicação de energias renováveis, políticas públicas do carbono, rastreabilidade da cadeia de produção, entre outros. A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.
Serviço
17ª ExpoFrísia e 7º Digital Agro Data: 25 a 27 de abril Horário: Quinta: 9h às 21h / Sexta: 9h às 21h / Sábado: 10h às 18h Local: Pavilhão de Exposições Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí. Avenida dos Pioneiros, 4.050 – Carambeí (PR)
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Entrada gratuita Inscrição em: expofrisia.com.br
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