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AGRONEGÓCIO

CELEIRO: MT vai colher safra recorde de grãos

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Apesar dos custos da produção do milho e da soja terem aumentado, Mato Grosso terá uma safra recorde de grãos. A pandemia do novo coronavírus dificultou o trabalho no campo, mesmo assim, são esperados mais de 65 milhões de toneladas toneladas de grãos.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), quase 40% da próxima safra de soja que ainda nem foi plantada já foi vendida. O Imea aponta que o produtor de Mato Grosso gastou quase 11% a mais na safra de soja em comparação com o ano passado. Já nas lavouras de milho foram cerca de 12% de acréscimo nos custos.

O gestor de inteligência de mercado Cleiton Gauer afirma que os produtos que possuem o custo em dólar tiveram maior impacto ocasionado pela pandemia e orienta que outra alternativa para minimizar os custos é fazer a troca entre grãos e insumos.

“Esses custos dolarizados tiveram um impacto muito grande e isso trouxe um reflexo direto pro custo. Se compararmos com as últimas safras, a gente percebe que o custo tem aumentado ano após ano, tanto pra soja, quanto para o milho. Pacotes de insumos correspondem uma grande parte do custo, se o produtor conseguir minimizar essa fatia, ele já tem uma noção do quanto vai ter de despesa no final”, afirma.

Na maioria das regiões não teve chuva suficiente para a produtividade de milho. O agricultor Lucas Costa Beber conta que o decréscimo de produtividade no estado foi de 5% a 6% e que a qualidade do grão deve ser melhor.

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“Espera-se um decréscimo no estado hoje de produtividade entre 5 a 6%. Por outro lado, tivemos um aumento maior de 6% na área total do estado. Isso deve compensar as perdas por conta da produtividade. Uma coisa positiva dentro disso é que, apesar do produtor produzir um pouco menos, a qualidade do grão deve ser melhor”, afirma.

O produtor de soja deve ficar atento aos preços do cereal. Em algumas regiões do estado, a saca foi vendida por mais de R$ 100. Isso ajuda na programação da próxima safra.

Os bons preços da soja e do milho impulsionados pela alta do dólar favoreceram os produtores do estado para que antecipassem a comercialização dos grãos.

TEXTO: FOLHA MAX

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AGRONEGÓCIO

Demanda chinesa por soja aumentou 142% em 16 safras

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A China importou 50 milhões de toneladas de soja na safra 2007/08. Já na temporada 2023/24 a previsão é de compra de 121 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Assim, o consumo da oleaginosa pelo país asiático aumentou 142% nas últimas 16 safras.

Os dados permitem notar que o crescimento anual composto no período é de 5,68%. De acordo com a Biond Agro, a elevação está diretamente relacionada ao aumento populacional, ao incremento do poder aquisitivo da população e à mudança na matriz de consumo, tanto humano quanto animal.

No entanto, mesmo com a elevação, a taxa de crescimento caiu para 2,65% nos últimos cinco anos, indicando que o crescimento se aproxima do platô.

Em 2023, a média dos estoques (janeiro a abril) de soja na China chegou a 7,6 milhões de toneladas, conforme a Bloomberg. O valor é recorde se as reservas de 2021 – em decorrência da necessidade de segurança alimentar causada pela Covid-19 – forem desconsideradas.

Já neste ano e para o mesmo período, os estoques bateram 8,1 milhões de toneladas. Apesar do crescimento no número, o volume corresponde a uma cobertura da demanda interna de apenas 23 dias de consumo.

“Isso significa que o incremento daqui para frente aponta não ser tão disruptivo como anteriormente. É importante notar que a demanda continuará existindo devido à necessidade, no entanto, com um percentual de crescimento menor”, comenta o líder do time de inteligência da Biond Agro, Felipe Jordy.

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Batalha pela China

China importação soja
Foto: Pixabay/ Arte: Canal Rural

Nas últimas safras, Brasil e Estados Unidos se consolidaram como os maiores produtores de soja do mundo. Somadas, as nações produzem o equivalente a mais de 70% da oferta mundial da commodity.

Devido a um consumo interno menor do que a produção em ambos os países, os dois países são os maiores exportadores do grão no mundo, abastecendo 88% ou 149 milhões de toneladas da necessidade de importação mundial.

O maior mercado é, logicamente, a China, sendo que Brasil e Estados Unidos são responsáveis por mais de 80% do volume consumido por lá.

“Apesar de os EUA ainda serem um grande fornecedor para a China, a guerra comercial iniciada em 2018, o crescimento da produção brasileira e a competitividade do grão nacional – com menor preço – vêm determinando um aumento na participação do Brasil no suprimento chinês”, comenta Jordy.

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Segundo ele, em um recorte temporal, em 2014 (ano comercial), na soma das importações de ambos os países para a China, os Estados Unidos detinham uma participação de 49%, enquanto o Brasil possuía 51%.

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“Em 2023, o Brasil fechou com 74% e os norte-americanos com 26% [conforme ComexStat e USDA, respectivamente]. Olhando o acumulado de 2024, o Brasil já possui 64,2% e os EUA 35,8%, seguindo a tendência dos anos anteriores”.

Desvantagens ao Brasil?

Apesar do aumento na participação de exportação de soja para a China, um alerta começa a surgir, conforme Jordy. “À medida que o Brasil continua a expandir sua área e sua produção; e o maior consumidor do mundo demonstra um crescimento mais controlado, a forte dependência das exportações pode se tornar um ponto fraco para o país sul-americano”.

Segundo ele, desde que os Estados Unidos começaram a perder participação no mercado de exportação, a soja passou a ser cada vez mais direcionada para o consumo interno, impulsionada principalmente pela mudança da sua matriz energética.

Assim, a oleaginosa tornou-se a principal fonte de matéria-prima do biodiesel norte-americano. Em uma análise temporal, em 2014, cerca de 20% da soja do país era para o biodiesel, sendo que agora esse número já ultrapassa 30%.

“No médio e longo prazo, imagino que o Brasil também seguirá um caminho semelhante, seja pelo apelo ESG [Governança ambiental, social e corporativa] ou pela diversificação dos negócios. Caso contrário, o excesso de soja poderá resultar em um forte desequilíbrio entre oferta e demanda”, finaliza o especialista.

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